terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lembranças agradáveis e recentes

O campeonato daquele ano de 2006 fora atípico,dos muitos anos que freqüentei o CIB- Clube Israelita Brasileiro aquele ano eleitoral e de Copa do Mundo seria o último,seria também o meu último campeonato interno,a chamada Copa Bebola.
Havia passado seis meses durante o ano de 2005 em Brasília,minha cidade natal,devido a problemas familiares.Já estava programado que passaria um ano no Rio de Janeiro para arrumar as coisas e em janeiro de 2007 voltaria para a capital do país.
Sabendo que seria meu último ano morando na cidade maravilhosa,procurei aproveitá-lo ao máximo,me associei ao Clube de Regatas do Flamengo e para lá levava meus amigos mais próximos,era uma espécie de despedida a cada final de semana.Constantemente via os treinos dos jogadores do meu clube do coração,e tietava todos eles,até os que quando estavam em campo eu xingava.
Com a vida bagunçada,e a cabeça atordoada,os meus treinos no CIB não eram bons,me mostrava violento e de pavio curto,cheguei a ser convidado a sair da escolinha,mas lá foi minha mãe conversar com o grande Bernardo Feigel,para que me deixasse ao menos terminar o ano jogando no clube que era perto de minha casa,e aonde tinha feito grandes amigos.
O ano de 2006 foi agitado,volta ao Rio,clube do Flamengo,Copa do Mundo,e a eleição que consagrou o ex operário Lula nas urnas,por isso o ano passou voando,e estava chegando a hora de me despedir do Rio,e eu tinha uma última oportunidade de vencer a Copa Bebola.
No sorteio dos times,caí no time de camisa bege,junto com os bons peladeiros Giuliano,Victor Malburg João Pedro que agora faz sucesso como excelente baixista de uma banda de rock e Guilherme Pataca(ex integrante do grande The Fuskas).Nos outros times,tinham amigos meus do CIB,como Pedro Zettel,Zé “Pão de queijo” Lucas,Victor Hugo,Thiago Falcão e Lucas e também times formados pela filial da escolinha do Corpo de Bombeiros de Copacabana,no qual detínhamos uma pequena rivalidade.
O início daquele campeonato,fora especial porque eu via na área reservada a torcida pessoas muito especiais como meu grande amigo Allan e minha grande amiga Luiza,meu time não foi lá essas coisas,eu cabeludo comprara uma faixa da Nike semelhante a de Ronaldinho Gaúcho,mas ao invés de me apelidarem com o nome do craque do Barcelona,surgiu os gritos irônicos de Cazuza.Realmente não poderia de qualquer forma ser comparado a Ronaldinho estando em uma quadra de futebol.
E meu primeiro gol surgiu apenas no penúltimo jogo,marquei o gol da vitória,debaixo das traves com apenas o dever de empurrar para dentro é verdade,mas um gol nunca deve ser desvalorizado ainda mais para mim naquele momento.Foi o gol que classificou meu time para a final,incomodado com a má fase,e superticioso como os membros da família botafoguense,cortei meus longos cabelos e dei a faixa que me fizera ter o apelido de Cazuza à Luiza,ela certamente deve ter feito bom uso daquela faixa fedida à suor,deve ter jogado fora.
E antes da final contra um time formado pelos garotos do Bombeiro,olho na arquibancada e vejo meu amigo Thiago,que impossibilitado de jogar a outra partida devido à uma contusão,gritar: Ganha!
O jogo foi 6x5,emoção do começo ao fim.Como todos os gols da peleja teriam de ser importantes o meu não deixou de ser,um chute de fora da área,uma explosão de alegria,fui para a galera que gritava: “Capeta! Capeta”,meu apelido no Rio.
Meu gol fora o terceiro ou o quarto,o da vitória tinha que ser especial,Victor Malburg chapelou um zagueiro e driblou o goleiro,quase me matando do coração.Da zaga assisti a tudo naquele gol gritando: “Vai,chuta logo,não inventa”. Felizmente ele não me deu ouvidos e fez a sua arte.Saímos vencedores.
Todos que mencionei,não devem se lembrar disso,e se lembrarem tem uma vaga e remota imagem na cabeça daquele jogo,mas para mim com as circunstancias do momento em que vivia,aquilo foi especial.Uma despedida em alto estilo da cidade que ainda vive em meu coração.
Luiza,Allan,Zettel e Thiago vejo sempre quando vou ao Rio.Pão de Queijo,Victor Hugo,Giuliano e Malburg nunca mais vi.Feigel,João Victor e Pataca encontro esporadicamente ao acaso andando pela minha querida Copacabana.Ficou sepultada em mim uma lembrança de últimos,e bons momentos do meu querido Rio de Janeiro.




Um abraço especial à Vinícius Orelha,que não consta na crônica pois não estava mais no Cib na época,mas seria imposível falar da minha vida no Rio sem mencionar meu grande irmão e ao aniversariante Pedro Zettel,19 anos e sem nem um pingo de juízo.

Um comentário:

  1. Show de bola capetinha ! Foi sim uma época muito boa ! Quando vier ao Rio vamos nos falar e marcar uma pelada 1

    Abração,

    Malburg

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